quarta-feira, 2 de julho de 2008

Soterrados em Obra da A17


02 Julho 2008 - 00h27
Um morto e um ferido em Vagos

«Dois operários de uma empresa subcontratada para as obras de construção da área de serviço da A17, em Santo André, Vagos, ficaram ontem soterrados, pelas 17h30, quando uma das paredes da vala em que se encontravam cedeu.

João Fonseca, de 37 anos, ficou esmagado debaixo de terra e foi retirado pelos bombeiros já cadáver, enquanto o colega, de 27 anos, Júlio Rodrigues, sofreu ferimentos graves, sendo estabilizado no local e transportado para o Hospital de Aveiro, onde ao princípio da noite estava ainda em fase de avaliação.

De acordo com os bombeiros, os operários, ambos da Murtosa, estavam a operar numa vala, com cerca de 2,5 metros de profundidade, que não se encontrava escurada. "Não havia sinal de barreiras de segurança, que apenas foram colocadas durante o socorro", refere a mesma fonte. A GNR já abriu um inquérito às circunstâncias do acidente. »


Mas porque é que , em pleno século XXI ainda acontecem coisas
destas?
O facto de estarmos em Portugal, tem de deixar de servir de desculpa para acidentes como estes. O que é para ser feito é para fazer como deve ser, e não às três pancadas como esta obra na A17.
Não tem de haver inspecção às condições antes de uma obra poder decorrer? Então porque não foi feito?
Os operários têm intregridade física, psicológica, emocional. Não servem para cimento em parede , nem para dar a vida por uma estúpida de uma obra. Talvez o 'Memorial do Convento' seja tão contemporâneo como dizem. Num passado em que os trabalhadores são tijolos, e morrem esmagados por pedras sobrepõe-se um 'futuro' em que tal se repete.
Será normal?